O ex-comandante do 7º BPM (São Gonçalo), tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira, detido no Batalhão de Choque sob suspeita de ter ordenado a execução da juíza Patrícia Acioli, será transferido para o presídio de Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó (Zona Oeste), onde cumprirá prisão temporária de 15 dias, determinada pela 3ª Vara Criminal de Niterói. A detenção de Cláudio Luiz, que até ser exonerado na madrugada desta terça-feira, comandava o 22º BPM (Maré), foi confirmada pelo corregedor da PM, coronel Ronaldo Menezes, durante entrevista coletiva no Quartel General da corporação. "O comandante-geral da PM Mario Sérgio entrou em contato com o tenente-coronel e determinou que ele se apresentasse no Batalhão de Choque, para onde ele foi voluntariamente", disse o corregedor. O coronel Mario Sérgio está internado no Hospital Central da PM, no Estácio, onde se recupera de uma cirurgia para retirada de um nódulo na próstata. Por conta da intervenção, ele deve retornar aos trabalhos dentro de 30 dias. Ao todo, a 3ª Vara Criminal arrolou outros seis policiais no processo que envolve a juíza Patrícia Acioli. Suspeitos de participação no crime, eles também serão levados para Bangu 8. O tenente-coronel será ouvido na tarde desta terça-feira na Divisão de Homicídios (DH), na Barra da Tijuca (Zona Oeste). À época de sua transferência para o 22º BPM (Maré), em agosto deste ano, o tenente-coronel Cláudio, de acordo com a PM ainda não estava entre os suspeitos de participar do crime. Em seu lugar, a unidade será comandada, provisoriamente, pelo atual subcomandante do 22º BPM . Charles de Azevedo Tavares, Alex Ribeiro Pereira, Carlos Adílio Maciel Santos, Sammy dos Santos Quintanilha e Jovanes Falcão Júnior também tiveram a prisão decretada nesta segunda-feira, mas já estavam detidos acusados de forjar um auto de resistência durante uma operação policial em que o jovem Diego de Souza Beliene, de 18 anos, foi morto no Complexo do Salgueiro, São Gonçalo (região Metropolitana do Rio),
A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, por volta das 23h30 do dia 11 de agosto, na porta de sua residência em Piratininga, Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros. Foram disparados mais de 20 tiros de pistolas calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista. Patrícia, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da PM e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São Gonçalo. Ela estava em uma "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro de 2011 em Guarapari (ES) e considerado o chefe da quadrilha. Familiares relataram que Patrícia já havia sofrido ameaças e teve seu carro metralhado quando era defensora pública.
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