A greve geral dos bancários começa hoje. A mobilização nacional prevê uma paralisação longa, de cerca de 20 dias ou mais, sob o propósito da categoria protestar contra o esquema bancário vigente. A categoria reivindica um reajuste de 26% nos salários, bem como a reposição integral das perdas salariais acumuladas desde 1994 com o Plano Real, o fim do assédio moral e das metas vistas como abusivas. Outros pontos como a contratação de novos bancários e isonomia entre funcionários antigos e novos fazem parte da negociação. No Rio Grande do Norte, todas as 131 agências bancárias existentes, somando 80 na capital e 51 no interior, participam da greve, somando cerca de 2.900 bancários mobilizados. Em virtude da greve, os bancos funcionarão apenas com o serviço de auto-atendimento, que corresponde ao uso dos caixas eletrônicos e a página da internet, bem como as loterias e canais alternativos, o que já corresponde há mais de 30% de serviços prestados à população, conforme o previsto pela lei de greve. Segundo Marcos Tinôco, diretor de comunicação da Conlutas-RN, durante os dias parados, os bancários se organizarão em piquetes de frente às agências bancárias a fim de orientar a população e esclarecer os motivos que levaram à paralisação por tempo indeterminado. Até a última sexta-feira, data em que ocorreu a assembléia que optou por deflagrar a greve, os bancos haviam oferecido um reajuste de 8%, bem abaixo do esperado pela categoria. "É desgastante e infeliz que a nossa categoria precise fazer esse tipo de ação grevista", analisa.
Fonte: Diário de Natal.
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